Arquivo

Com mais acessos por fibra ótica, velocidade de conexão aumenta nas empresas

As empresas brasileiras estão conectadas à internet e a maioria delas possui acesso por meio da fibra ótica, o que levou a um aumento na velocidade de conexão. Em 2019, 67% das pesquisadas para a 13ª edição da TIC Empresas afirmaram contar com conexão por fibra ótica, frente a 49% em 2017, quando o acesso DSL, conexão via linha telefônica, predominava. Consequentemente, o porcentual de empresas com velocidades entre 10 Mbps e 100 Mbps passou de 44%, em 2017, para 53%, em 2019, ano em que as velocidades acima de 100 Mbps chegaram a 17% (frente a 7% da pesquisa anterior).  Com relação ao porte, 91% das de grande porte possuem conexão via fibra ótica. 

A pesquisa de 2019 mostrou também que o índice de 98% das empresas brasileiras com acesso à internet revela que a conexão está universalizada entre as empresas, uma tendência que vem desde 2017. No entanto, há lacunas a serem preenchidas. Apenas 54% das empresas possuem website, sendo a maioria as grandes empresas. Em coletiva de imprensa online, nesta terça-feira (28/04), o coordenador da TIC Empresas, Leonardo Melo Lins, explicou que desde 2015 a proporção de empresas que têm website não muda e que a concentração está nas grandes empresas.

“A internet está chegando às empresas, mas a busca por uma presença online não acompanha este maior uso da internet. Talvez o próximo passo da conectividade seja um uso mais amplo dos recursos que a internet oferece, como uma presença online e mais profissionalizada via website”, disse. Já com relação a redes sociais a presença é mais forte, com 78% das empresas, independentemente de porte, nas redes sociais. 

Nesta edição, a pesquisa questionou sobre a adoção de ferramentas de tecnologia da informação e comunicação. Quando questionadas sobre se pagaram por serviços em nuvem, os porcentuais que disseram que sim não alcançam mais de 40%. No caso de e-mail na nuvem, 39% das empresas afirmaram que pagaram, contra 27% em 2017 e 30% em 2015, sendo que a maior parte das que pagaram (63%) possuem mais de 250 funcionários. Com relação a serviços de armazenamento de arquivos ou banco de dados em nuvem, 38% disseram que pagaram; em software de escritório em nuvem foram 27% e em capacidade de processamento em nuvem, 23%. “Ainda não é um serviço sendo usado massivamente pelas empresas”, disse Leonardo Melo Lins.

Ele também destacou que tecnologias como big data, impressão 3D, robôs industriais e robôs de serviço são tem adoção incipiente nas empresas. “Os números do Brasil são menores se comparados a números europeus, mas observamos que as discussões são enormes. Estamos avançando a passos largos em direção a um uso maior das tecnologias”, apontou.  

A TIC Empresas, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), tem como objetivo medir o acesso e o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) entre as pequenas, médias e grandes empresas brasileiras. A pesquisa coletou os dados entre abril e agosto de 2019 e entrevistou 7.000 empresas de 11 segmentos da economia em todo o território nacional.

Fonte: ABRANET

Maioria das empresas compra e vende online; aplicativos são principal canal

Os aplicativos de mensagens são o principal canal utilizado pelas empresas para vendas on-line no Brasil, segundo apontou a pesquisa a TIC Empresas 2019, divulgada nesta terça-feira (28) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Em 2019, 70% das empresas entrevistadas afirmam ter feito compras pela internet nos últimos 12 meses, o maior porcentual verificado na série histórica da pesquisa, e 57% delas disseram ter vendido. A maior parte das empresas utilizou aplicativos de mensagens como WhatsApp, Skype ou chat do Facebook (42%) para intermediar as transações. Outros meios utilizados para a transação foram e-mail (39%), redes sociais (20%), website da empresa (16%) e plataformas de venda (14%). 

Conforme apontou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, o comércio eletrônico tem sido uma das principais formas de participação das empresas brasileiras na economia digital. Segundo ele, os dados da pesquisa oferecem uma ampla radiografia de como os diversos setores econômicos estão preparados para a digitalização de suas atividades de negócios, o que tem se mostrado fundamental neste momento em que medidas de isolamento social estão sendo adotadas em várias partes do Brasil.  

A pesquisa mostra ainda diferenças no comércio eletrônico por porte e setor. Os mercados de atuação em que a maioria das transações se deu entre empresas (B2B), como indústria e construção, usaram boleto ou débito on-line/transferência bancária como forma de pagamento mais frequente. Setores que atuaram principalmente com pessoas físicas (B2C), como comércio, alojamento e alimentação, utilizaram o pagamento na entrega e o cartão de crédito em maiores proporções. 

A TIC Empresas também investigou as barreiras que restringem o comércio eletrônico. A preferência pelo modelo comercial atual foi apontada por 51% das empresas, seguida por inadequação dos produtos para venda on-line (49%), alto custo de desenvolvimento e manutenção (38%) e a baixa demanda pela Internet (36%).

Fonte: ABRANET